quinta-feira, 4 de junho de 2015

MENINOS DE VENEZA


Dos canais cintilantes,
Pontes entre olhos sempiternos
Sempre amantes, os olhares
Mais sinceros da mais
Pura Beleza, os meninos
Por trás da máscara,
Meus meninos de Veneza....

Nadavam como gôndolas
Sagradas, sem os pés, voam
Pelos salões da alta realeza,
E numa face clara em tom de
Pele esclarecida pelo dote
Supremo de uma majestosa
Franqueza, escondiam atrás
Da máscara, qualquer contraponto
À essa grandeza, os meus
Meninos tão repletos, plenos de
Si, os meus meninos De Veneza...

Crueza fria em olhar e por mais
Do que um instante suportar,
Teus olhos faiscantes, teu reflexo
Sobre o mar, crueza amante de
Falar sobre as pontes e as joias
De diamantes os segredos quentes
Dos peitos sentimentais, amantes
Venezianos, são os beijos de canais
E canais apenas, quando da profundeza
Mais berrante desse cidade flutuante
Dos mágicos oceânicos, milagres
Mediterrânicos...
Vejo surgir a proeza inquebrantável
Do teu rosto, uma Beleza cuja alteza
Não estará sequer para os pórticos
Palacianos da bela imortal Veneza
Milenar!

O toque das minhas mãos na
Pele das tuas delicadezas,
E a proeza de ser mais sereno
Ao teu lado, desmascarado e
Nu, finito il Carnevale,
sem medo e sem certeza
Amo-te cruelmente, para sempre
Meus meninos de Veneza



FC 





                                                       IL UOMO SENZA FACCIA