Era stupenda, as violetas descortinadas....como se elas
pudessem cantar para sempre!
Estávamos soberbos nas escadarias frias,
Os lustres brilhavam imitando um pouco do que seria a
magnitude de um astro pendurado no esplendor do dia... copos e cristais... vapores
sedutores de olhares quase ocultos, porém evidentes...nao conseguiam
disfarçar...!
Um par iluminado por todos
os ilustres lustres aparentes, e velados, os de dentro... era a cena do teatro, era o
libiamo para sempre, juntos nas escadarias, contrastando o preto da vestimenta,
com o rolamento rosso da tapeçaria...a cor da paixão estendida ao chão para
pisarmos sobre ela, para rolarmos feito animais nos corredores do La Fenice... nos
amávamos sobre os tapetes rouges, aos goles de algumas taças no intervalo, no sobressalto
do segundo para o terceiro e último ato.... a morte irreversível... o
arrependimento fatal... o tempo que não voltará nunca mais... das folhas que
caem, das árvores que não plantamos, dos muros que não erguemos, são as
memórias que não nos demos o tempo de construir para mais tarde podermos
esquece-las.... quando nada será o tempo que nos restará, sequer o segundo de um
beijo....!
Não isso nunca... pois tudo isso tivemos em apenas poucos instantes,
toda uma vida aos nossos pés...líricos amantes dentro de nós, quase uma casta
diva flutuado no céu, chorando para a lua virgem.... violeta morre, mas o nosso infinito fica eternamente
grudado no pó do mundo, e nos pedaços atômicos do nosso agoniado pensamento!!!
Sim, era desequilibrado, louco
Feito um barco sem timão
Solto, aos pouco feito oceano
Sem previsão, era não mete
Reológico, ilógico amante
Furacão, eram os teus olhos
Na mente borbulhante do
Meu trovão, os teus raios
No descampado corpo
Desabrigado de minha
Total imensidão, de pele,
De ardência pura e sensação
Tesão de carência sem amo
Cachorro sem dono, no osso
Amargo de um amor puro
Sem proteção, da pele
Na carne, carnívora insubmissão
Carne comendo carne
No desejo eterno da comunhão
Entrelaçados, o já conhecido
Transviado e o jovem neófito
Recém iniciado, a caverna
E o dragão, o sótão e o porão
Os dias trancados no quarto
Antro dos deuses e monstros
Crepúsculos dos homens e santos
Luz e escuridão, e o que sobrava
Da nossa pele arranhada,?
Das pobres elásticas membranas
Para proteger tão frágeis e virgens
De ambos
O coração?
O que sobrava após dias de memórias
De esquecimento
Além da carne putrefata,
Da distância
Engano
E pura
Desilusão?
Talvez uma última dose,
o resto do Amor,
e um pouco
de Perdão!!!
FC
LINDOOOOOO!!!!!!! SIGA EM FRENTE ......BJUS DE LUZ !!!!
ResponderExcluirlinda visão...me deu vontade de ouvir a opera... o sacrificio de Violeta... a burguesia ferida pela pelos hábitos bolorentos...
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