Oh, mutabilidade minha tão real, quem sou após ser depois de
uma noite tudo o que já fui? O que serei de novo, sempre o mesmo, sempre igual?
Identidade perdida, quando sempre repetida o próprio ser,
que nasce e renasce,
Igualmente o mesmo, com o medo de morrer, diferente,
Para a si mesmo convencer,
Que existe, que é?
Somos capazes de ser alguma coisa além do que sempre fomos?
O que somos mais, senão nós mesmos, apenas? O que somos além
de um disco somente,
Um novo envelhecimento de um vinil, que nos toca, quando tocados somos pela frigidez de uma agulha velha e empoeirada....
Que sempre toca, e cada vez mais
Nos arranha, cada vez mais nos envelhece,
Cada vez mais se repete, sempre igual
Com dois lados apenas, duas faces talvez?
O claro e o escuro
Assim como a lua, somos cobertos e descobertos pelo Sol?
Identidade pluricelular, o que és em mim a tua voz minha
singular?
O que é a minha identidade hoje, agora, que penso e falo e
morro...?
O que é ser alguma coisa nesse mundo de identidades
vulneráveis, reformáveis, reinventáveis ???
De máscaras perfeitas, de trajes e camuflagens, de sonhos volúveis e caras maquiagens
O que é ser um humano querendo ser Deus? É ser o descobridor de
sua identidade?
O que é Deus afinal, depois de tantas humanas identidades
seculares? Não é ele ainda a não identidade?
O que acontece quando perco a
memória de tudo? O que faço para perder de propósito os propósitos desse mundo?
Viver sem ter que pensar... Na morte? Ou simplesmente aceitá-la, como uma coisa
natural, sim, ela é extremamente natural, noticiável, festejável e até diria,
por muitos, desejável...
Um biscoito de chocolate branco.... um creme no café.... uma herança milionária... talvez ela seja o rosto final da nossa identidade inicial, o perfume que nos
une, e nos faz querer nos matar, assim, com tanta volúpia e insensatez....
A nós mesmos, há tanto tempo, se matando, se morrendo,
juntos,
Nessa história humana de sangue e genocídios de identidades
do Eu
Identidade cultural da morte do que se viveu
Individual
Quem somos nós, depois de tudo
Afinal?
Quem nunca perdeu a própria identidade que atire a primeira
pedra no caminho!,
Ou perca-se nele, perca-a sem mais demoras,
Já!
Já!
FC
L'IMPERO DELLA LUCE
Lindo!! quem pensa na morte ,é sempre aquele que mais gosta da vida,pq tem medo que ela acabe,ter conciencia da finitude da vida é coisa de gente sábia,assim se vive um dia de cada vez,e se valoriza e se identifica o que interessa,a propria vida,os abraços,as pessoas que amamos,a grandeza do universo....os pequenos prazeres,o belo
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