segunda-feira, 18 de maio de 2015

A NEGRA TAÇA

O dia era de luz, quase da noite uma escuridão,
O início se deu no trem, quando velozmente nos perdemos
Sem saber que mil aeroportos se distanciavam
De um só tempo, do nosso mundo e de mais ninguém....

Um pássaro de metal, tal copo de cristal, ainda o vento
A barca incendiando os olhos de farol, negros verdes
E escuros, os óculos de sol nos protegiam dos
Vigilantes muros, e aportamos no palácio tão suspenso,
Que quando enxerguei teu corpo, percebi que tu eras
Imenso...

Oh Severo canto, do pássaro sem paiol, o que fizeram
Os nossos louros para do dia nos sequestrarem o Sol?
Bebíamos a noite inteira, e os olhos ainda mais
Longínquos se afogavam na banheira, afundava-me
No olhar, e já pulsava em semblante pouco cortês ,
Era ébrio o meu toque, perigosa embriaguês....


Oh copo astuto
E já audaz
Trouxeste o
Luto e o
Satanás

Oh copo vivo
E perspicaz
Já era tarde
De impedir
A morte
Voltando
Atrás

Oh copo vil
E eficaz
Manchaste
O puro
Quem nunca
Mal o faz

Oh copo cego
Nas minhas
Cegas mãos
Matei meus
Dias belos
Com mais um
Gole sem 
Perdão

Mais uma 
Letra do meu
Pobre Nome
Castrada
No caixão



FC




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Um comentário:

  1. Sua escrita é muito personalizada, começa dum jeito, e finda doutro...... Lindo ....mas larga esse copo maldito .....Bjus de Luz 🌟🌟✨✨

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