terça-feira, 19 de maio de 2015

VERDES MARES

Nos teus olhos eu vi um baú adormecido,
Em rara esmeralda esculpido,
Vi esverdeado brilho ardente,
E nos confins obscuros de minha mente
Perguntei, será que a chave naquilo
Que sobrou de mim
Terei, para abri-lo assim
Tão de repente?

Foi quando do sonho dormente
Tu acordaste, e eu delinquente,
Do meu delírio tu me tiraste,
Olhando somente, assim,
Num instante, tão de repente
Sofríamos num minuto,
Tudo que já sabíamos
Que sofreríamos
no logo agora após
Presente

Mas o irretratável tempo sem pedir
Consentimento, simplesmente
Nos parou no ar, e
Congelou as asas do momento,
Como se o mundo nada mais fosse
Como se tudo além daquele intento
Fosse somente ilusão
E esquecimento
Nada da vida do lado de fora
Entrou
E de fato, o Tempo
Parou

O baú dos teus olhos se abriu,
No coração de um mundo
Onde eternos fomos
Numa vida que para sempre
Existiu

E quão logo, subitamente,
num átimo velozmente,
Como num piscar de
Olhos que se sentem
Fechou-se o baú
Tão eloquente,
Tão infelizmente...

E nos confins obscuros de minha
Agora, mais florida mente
Somente ficou
Um céu mais esverdeado
E uma linda lembrança
Desses verdes faiscantes
Olhos
Para se lembrar assim
Como eles dizem

I N E S Q U E C I V E L M E N T E



FC




                                                                   IL MARE 

2 comentários:

  1. ....LINDOOOOOOO....... " Congelou as asas do momento ......... " amei ...bjus de Luz

    ResponderExcluir
  2. lindo!!! Com esses versos, se ela nao casar c vc... é pq não é pra ser...rs

    ResponderExcluir