terça-feira, 19 de maio de 2015

LEÕES E SEREIAS

Assim, senti um fogo alto no fim do canal frio
Uma baixa maré, e uma cigana, talvez,
Com seus olhos caldos,
Que sem querer, com os olhos
Me sorriu

Assim, sacudi meus ossos,
Sem medo da imperfeição,
Nao me sentia mais sozinho,
Ouvia o canto dos pássaros
Segurava as tuas mãos

As pontes ali estavam
Para cruzarmos as distâncias
Entre nós,
As gôndolas nos acalmavam
Balançavam o coração
Não nos sentíamos mais 
A sós

Os meus medos e os teus
Segredos, diluídos
Na imensidão,
Lousa azul do abarcável
Céu, que nos protege
que nos reage 
e nos instila
do ar, o impulso
máximo chamado
Vida

do Sol, a luz 
mais distante 
que nos alcança 
e como uma fada,
solar, nos doa a 
chama mágica
que nos faz 
dançar,
nos faz voar
sorrir e 
amar

nos faz viver
o sol entre nós
entre o Eu 
e o Você

nos faz chorar
o despertar
que já sofreu
crepuscular
entre esse você
e esse Eu


O Sol que esmaeceu,
e morreu...


São os muros de concreto
Os detalhes de exatidão
Estaríamos tão certos
Se dúvidas fossem feitas
De tijolos e areia
Se medos fossem
Lendas, como
A escultura alada
Do Leão, como
Os cachos soltos
dos rostos esculpidos
das sereias e as 
firmes lanças
de um Tri(s)tão


A cidade vazia,
Somente eu e você
e a nossa teimosia
de querer saber
encantadora fantasia
o que vem 
depois do amanhã?

Se haveria uma chance
de ser
e por que?
Porque...



FC




                                                    LA  SPERANZA SPLENDERÁ

Um comentário:

  1. 👏🏼👏🏼👏🏼😍😍😍....linda poesia... fascinante pureza, e o amanhã?....com esses versos não precisa delegar ao futuro a felicidade....

    ResponderExcluir