sábado, 16 de maio de 2015

O TRINCO

A barca, travessia longa jornada a dentro do canal...
Quando voa-se para  o outro lado da poesia suspensa,
Para as casas flutuantes, paras os muros de pedra e sal
Adentra-se no sonho sem do pesadelo desconfiar,
Penetra-se na morte, sem da vida se matar...
As majestades das belezas mais simples, os palácios
De Veneza, sabiam os grandes magos que guardavam
Eles tantas tristezas?

Oh tempo repleto de insubmissos corações, quando
A violência do instinto nasce de um tênue olhar
Chagas e trovões, meus santos duvidosos, dos dias
Que puseram as mesas, as pedras sobre as colunas
A morte em leveza....daquilo que era bruta chama
Dá-se inicio ao trepidar, tremulante incerteza
Daquilo que era posto basculante, muralha impenetrável
Se faz laje a gotejar, com as dores infiltrantes, de um
Corte súbito infeliz, na alma pende um laço, envolta do
Pescoço, um colar em cravejada cicatriz , o que
Estava suspenso pelo aço, agora, depois da primeira
Aparição, face do absoluto temerário, Abismo e Devassidão,
se segura por um triz, as garrafas quebradas no quarto,
e uma mancha eterna de sangue 
Escorrendo como um vício imperfeito
Da boca, dos lábios, do nariz


FC



                                                          BAUER PALAZZO






Um comentário:

  1. INCRÍVEL ...... VOCE DESCREVE COMO UMA NATURALID.ADE ESTONTEANTE!!!! ESSE É SEU CAMINHO ....SIGA EM FRENTE NÃO OLHE PARA ATRÁS .......

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