Oh Ser Humano Crucial, por que derramaste sobre meu frágil
corpo
Uma pétala ancestral, trazendo assim aos meus tão carnívoros
olhos
uma visão acima das sombras, onde as flores germinam com
Orvalho espiritual? Por que cedo assim vieste, enquanto eu
ainda
Nas carnes dos incontáveis corpos da peste saciavas o meu
triste fim,
Propósito dos corpos sem amantes, que captam almas sem
volantes, seres
Vagantes, caminhantes espectrais, vazios pelo jardim?
Oh, santa dor de pele e de carne penetrante! Oh falo que penetrai,
Penetrai abundante na memória oscilante , pelos tempos que
assim
se foram e que não voltam nunca mais.... os virgens louros
crescentes,
e os puros olhos dos animais, as plantas verdejantes, e os
montes imortais,
os altos cumes esculturais frente os vícios labiais, tão
falantes, tão amantes,
as salivas e os ângulos abundantes, os dias intermináveis dos
ponteiros
paralisados, olhos revirado para sempre estonteantes numa
satisfação
irrefreável, indescritível, por um mortal corpo assim, intolerável, uma estrada
cujo fim é um abismo sem final, um
prazer cujo sócio já foi anjo predileto,
ja foi expulso e fichado,
já foi para o submundo e da vida renegado,
soterrado, já foi alado mal falado, mastigado e mal comido, e hoje
vocifera
somente vício e compulsão, inalando da vida o mesmo pó da
morte
da onde viemos e para onde vamos, o pó da criação, que com ele
se torna
com uma simples e notável nota, o impuro pó da destruição... dos corpos
embrulhados na relva da manhã, obliterados, tão cegos de ver somente
a pele e o suor escorregando, enquanto o
mundo inteiro acordando,
morrendo e crescendo, inundando-se de
morte e desespero, enquanto filhos
nascem sem olhos, cegos pelo cruel saber que no prato nada existe
além de prato e
vidro,
e sequer um osso pra roer...
uma tripa pra moer...
Deus meu da santa misericórdia, façamos
juntos o despertar, da carne
que tanto amo, façamos juntos
divina castração, do sexo uma libação, santa e natural, um
amor
em gestação, o toque do coração...pois não há mais tempo,
por quanto tempo serão surtidos os efeitos de nossa sagrada comunhão?
O amor da Terra!
Caronte já me espera com sua gôndola negra, pestilenta,
No mais obscuro baile de Veneza....O Baile de Styx!!!
Por quanto tempo conseguirei segurar os lobos e as feras?,
Se não me deres mais do que uma mão, um pedacinho seguro do
Céu, onde eu em breve, possa além das nuvens, em futuro próximo construir
com as minhas próprias mãos, cada tijolo do meu modeste Petit Château celeste,
A minha divina proteção,
A minha paz humana
Minha santa Salvação???
Mais um chef d'oeuvre,esse parece uma prece mística,implorando por um mundo mais belo, um paraíso perdido, vc é capaz de vêr o sol mesmo num dia nublado", ja te falei isso... to começando a repetir já que Deus não me deu teu dom de dominar a escrita,...rs.. abc forte
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